sexta-feira, 16 de julho de 2010


Sussure em meu ouvido aquelas historias que vc sabe que me arrepiam,
que dao vontade de subir pelas paredes...
Prenda-me em seu colo,
pois ele foi feito num encaixe perfeito para o meu...
segure minhas maos bem forte enquanto desliza sua lingua em meu pescoço...
Sim, segure-me forte pela cintura tambem e arranhe minhas costas bem devagar
para que eu sinta o sangue escorrer docemente em suas unhas...
Puxe meus cabelos num ato de volupia e sentimento,
prove este mel da minha boca,
vorazmente ate o ultimo suspiro...
A parede pode estar gelada, mas ela esquenta com meu rosto colado a ela,
nao pare...eu posso implorar...me deseje assim mesmo...pois eu quero voce aqui...
Força e pressao em meu corpo,
eu sinto suas algemas me dominando como prisioneira desta vontade infinda de me entregar a vc...
Corpo e alma...
Cuidado com o que vc deseja,
pois nao posso negar nada a voce...
...Agora deixe-me mostrar a você onde pôr essa mão...

terça-feira, 13 de julho de 2010


Entao eu saio de mim ,
vagando por estas palavras sem sentido,
embriagada pelo vinho tinto
e pela tortura de suas palavras ridiculas...

Entao eu aceito os meus erros e castigo as suas maos por mais uma semana de solidao...
Como eu pude me desfazer assim de nuvens vagas de algodao, apenas num soprar, num suspiro antes de adormecer, embriagada...

Entao eu mesma cortei os meus cabelos longos,
deixando-os aos pedaços, assim como meu coraçao,
e colori-os da mais fosca cor...do mais intenso cinza apagado...

Eu quis mostrar a mim mesma que nao era possivel
escapar desta cela com vida,
as grades estao apertadas demais
e a cada dia que passa o porao se enche do mais escuro e espesso lodo...

Eu mesma estava me condenado a estes dias escuros e a estas noite entorpecidas por pensamentos crueis contra os desamores passados...
Eu mesma jah sabia do meu fim, quando derradeiramente aquela ondsa forte me puxasse para baixo, sem do, nem piedade...

Entao deite-me, como um bebe que deita no colo de sua mae e espera pela salvaçao...

Me peguei contando as horas, jogada em um canto escuro do meu quarto...
olhei para lua e contei as fases que nao lhe vejo...
amanheci no silencio de minhas lagrimas vas...largada nas sombras de mais um dia solitario....
andei pelas calçadas quebradas do meu caminho incerto...
desejei seu sorriso, seu abraço forte...
desejei a morte pelas tantas vezes que voce me enganou...
colhi aquela rosa murcha e descuidada,joguei-a num canto,
sem ar,
como as suas ultimas palavras....
Voce nunca entendeu minhas dores,
voce nunca entendeu o meu viver...
e agora quem precisa se libertar de voce sou eu...